Os tesouros dão muito trabalho
Era de noite quando o António viu uma escada ao pé da cama. Subiu para descobrir o que estaria lá em cima e encontrou-se na sala de um castelo, onde havia uma arca cheia de moedas.
– Um tesouro! Vou levá-lo comigo – disse o António.
– Nem penses! – disse uma voz que vinha de um anão muito velho.
– Estou aqui sozinho. Se me ajudares a arrumar a casa, levas o tesouro.
– Que é preciso fazer? – perguntou o António.
– Tudo – respondeu o anão.
Então o António limpou, lavou, aspirou, poliu, varreu.
– Agora é preciso tratar dos animais – disse o anão.
– Então, o António escavou, ordenhou, selou e alimentou os animais do anão.
– Falta a comida – informou o anão.
Então, o António descascou, cozeu, estufou, grelhou, descongelou e serviu.
– O tesouro é teu – disse o anão.
Quando acabou de descer a escada, o António viu que estava na sua cama.
– Sonhei – pensou ele. Mas a seu lado viu uma moeda de ouro.
– Estás tão despenteado – disse a mãe- - Que andaste a fazer de noite?
«Lavei, aspirei, cortei, arrumei, limpei, cozinhei», pensou o António.
– Dormi – respondeu ele. – Como de costume.
Alice Vieira, Livro com cheiro a chocolate, Texto Editores
Que ações fez o António?
Para tratar da casa | Para tratar dos animais | Para tratar da comida |
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Mas, afinal, o António apenas dormiu e sonhou...
Clica e brinca com os verbos...